domingo, 7 de maio de 2017

A ULTIMA CAÇADA DE KRAVEM



Por:markos paullo

Antes da sua pior fase que em minha opinião, teve inicio com a famigerada “saga do clone” (mas isso é assunto pra outro post), Peter Parker viveu melhores momentos.

Esta míni série em três capítulos foi publicada pela marvel comics, mais precisamente, no ano de 1991 e é um belo exemplo do que estou tentando dizer e seguramente, é uma das dez, melhores aventuras do escalador de paredes.

 Para situar os menos aficionados no mundo dos quadrinhos, Kraven, nunca foi um dos vilões mais temíveis da extensa galeria de inimigos do spider. Na verdade se tem alguém que sofreu um cem numero de derrotas humilhantes, este cara se chama Kraven.

Por muito tempo, kraven foi um caçador bem sucedido, mas cansado de caçar animais selvagens, por mais perigosos que fossem, decidiu dedicar-se a buscar troféus mais valiosos, e pôs-se a travar embates memoráveis contra kazar e o homem aranha claro sem muito diante de nenhum dos dois.

Seu desafeto pelo homem aranha, atinge o ápice nesta historia muito bem escrita e desenhada por Zeck Mike e JM Matteis, que desenvolveram um enredo cheio ação, mas que explora bem o momento psicológico instável do vilão.

Pra resumir a estória, Kraven esta doente e antes de morrer, quer se vingar do homem aranha das humilhantes derrotas sofridas anos a fio, então desenvolve um plano para capturar o aracnídeo e provar que todas as derrotas que sofreu, foram por ter subestimado seu rival a ponto de desconhecer os poderes do lançador de teias.


No decorrer da estória, o homem aranha finalmente é derrotado, capturado, enterrado vivo e Kraven ainda assume a identidade do nosso herói, para sentir qual é a sensação de ser o homem que tantas vezes o humilhou.

Claro que os velhos clichês estão presentes e no final tudo acaba bem, mas tenho certeza que se você conseguir algum dia ler esta HQ, você vai se deparar com uma grande historia, que comprova o porquê de quadrinhos merecerem o titulo de nona arte.

Não vou dissecar toda graffic novel e nem ficar contando o final do filme, !oops! da HQ, mas como vou dedicar este espaço para escrever sobre as boas e más coisas da vida, nada melhor do que falar sobre boas estórias e A ULTIMA CAÇADA DE KRAVEN, com certeza figura no hall das boas estórias já contadas. Quem sabe um dia vira filme.


Ficha técnica:
Titulo: a ultima caçada de kraven
Ano de lançamento: 1991
Formato: Graphic Novels Marvel
Roteiro: JM Matteis
Arte: Zeck Mike

Onde encontrar:

Livraria cultura

amazon

preço médio r$25,00


“Atenção editoras, selos e sites de venda”!

Estamos reformulando o geléia gerais. Em duas semanas faremos mudanças no layout do blog. A pagina central será dedicada a resenhas de gibis, dvds e cds e livros. Alem é claro de vídeos e podcasts em áudio aguardem.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Capitão América o primeiro vingador




Ola nerds amigos e compatriotas. Após um breve hiato, voltamos a falar de cinema. Aproveitando o lançamento de guerra civil, novo filme do capitão américa, decidi relembrar o primeiro filme da franquia, que surpreendentemente ao lado de batman o cavaleiro de gothan, é um dos melhores filmes de super heróis já feitos.


Muita gente torce o nariz para o velho capitão, mas pouca gente sabe de suas origens. Por exemplo: o fato de que ele foi uma encomenda do governo norte americano, para servir de garoto propaganda e manter o orgulho da nação elevado, enquanto às tropas americanas botavam os nazistas pra correr.

Uma especie de zé gotinha com barriga tanquinho.

Se você deixar de lado os pré-conceitos, vai assistir  um dos melhores filmes dos últimos anos. Cheio de referencias históricas e com um roteiro, que consegue contar bem as origens do personagem.

E não digo isso só por que vem escrito no cartaz.

De cara o que chama a atenção é a computação gráfica, utilizada de forma brilhante para transformar steve rogers vivido por Cris Evans (quarteto fantástico, quarteto fantástico e o surfista prateado, os vingadores 1 e 2) em um magrela de 40 quilos e asmático.

Mas, o grande contraste mesmo é entre a ânsia de steve rogers em servir seu pais e lutar contra a ameaça nazista e o desdém dos que estão envolvidos no conflito mais por obrigação do que por convicção ou altruísmo.

Foi este sentimento de nacionalismo extremo, que o governo norte americano quis explorar ao pedir a jack kirby, que criasse não um super herói, mas sim um super soldado. Esse fato é muito bem contado na primeira parte do filme, mas vou deixar pra que você veja e tire suas próprias conclusões.
 
O filme mostra também um estados unidos longe da super potencia que conhecemos, ainda vivendo a grande crise e nada glamouroso ao contrario de outros filmes que retratam o mesmo período nos mostram.

Fica claro que os sotaques carregados dos soldados, franceses e ingleses, que no filme representam o comando selvagem, é uma forma de dizer nas entrelinhas que não seria possível derrotar Hitler, ou a Hidra sem a participação dos aliados e que os estados unidos não salvaram  o mundo sozinhos como gostam de deixar transparecer.

 Mas, e o Capitão América?

Ai é que está o que torna o primeiro vingador, um grande filme. O capitão américa, consegue ser o foco da história, mas em nenhum momento fica sendo o personagem central. Este acaba sendo a historia em si, que claro mostra todos os clichês dos filmes de guerra americanos, mas que nos brinda com uma produção que seria auto sustentável, mesmo sem a presença do herói.


Agora o legal é ver que muitas vezes, certas coisas são criadas com um intuito nada nobre como foi caso do Capitão América, mas por vezes uma obra segue outro caminho e ganha contornos bem melhores, capazes de libertá-la da primeira impressão que nem sempre (ainda bem) é a que fica.

No mais sempre vale a pena assistir um grande filme. E o primeiro vingador sem duvida é um grande filme, capaz de agradar ate mesmo quem não gosta do gênero.

Afinal de contas, apesar de ter sido criado para uma campanha de marketing alguns dos ideais do Capitão América é universais ou você não concorda com a frase abaixo?


“não gosto de tiranos e não me importa de que pais eles venham”
Steve Rogers/capitão américa o primeiro vingador


Se você ainda não viu o filme, aconselho vê-lo antes de guerra civil para entender a conexão com os vingadores e não ficar perdido. Se já viu, bom sabe com é, vamos ver de novo, talvez depois desse post você tenha uma nova visão sobre a película.

Bom, espero não ter dito nenhum spoiler, mas se disse sinto muito. Só espero ter dado uma leitura diferente, das que normalmente impostas pela “critica especializada”, que tende a inferiorizar estes filmes, com resenhas que mostram total desconhecimento sobres o universo das HQs e muita má vontade em buscar informação.



 Obs 01: O papai Noel também foi criado para uma campanha de marketing da coca cola, mas ate onde eu saiba nem na ficção ele já salvou alguém.


Obs 02: se você é critico de cinema, mas não saca nada de gibis. Não se acanhe, estamos à disposição para prestar consultoria no assunto. Talvez assim o nível das resenhas sobre filmes de super heróis e personagens de gibi em geral suba um pouco.


A partir de da próxima semana, faremos postagens às segundas feiras. Afinal domingo é dia de curtir a família, não de ficar na frente do computador. Então até segunda feira com mais nerdices edificantes.



NAMASTÊ!   

  


























quinta-feira, 29 de setembro de 2016

100 balas o doce gosto da vingança




 video resenha                                                                                                 por:markos paullo

como tenho dedicado, muito do espaço deste blog, para tentar quebrar,ou melhor, arrombar a barreira, construida para deixar os quadrinhos do lado de fora das discussões que compõem tal o "universo literário" e reforçar o fato de que leitura e literatura, são duas coisas distintas, mas também complementares. e que o leitor seja ele de que plataforma for, livros ou HQs, deve ser visto como um único sujeito, dedicado ao habito da leitura, é sempre bom reforçar os argumentos com  exemplos de boas opções de leitura quadrinísticas.

um bom exemplo de leitura, que pode servir para reforçar meus argumentos, é a premiada série 100 balas. com certeza uma das coisas mais impactantes que eu já li.

criada éla dupla Brian Azzarello (textos) e Eduardo Risso (desenhos), 100 balas é uma série policial, mas não naquele estilo CSI, Nova York contra o crime ou coisas do gênero. 100 balas não tem detetives infalíveis, nem repórteres investigativos e muito menos há espaço para clichês, tipicos de romances policiais. 100 balas na verdade escancara, e muito bem alias, o que acontece nos subterrâneos da vida urbana.

a linguagem das ruas, curta, grossa e objetiva, é retratada de forma brilhante, tanto nos diálogos de Azzarello, como nos desenhos fortes e econômicos de Risso.

a trama de 100 balas é muto simples. um homem conhecido como agente Graves, entrega uma maleta c ontendo uma arma com 100 balas que não podem ser rastreadas e varias provas contra pessoas que tenham cometido alguma injustiça contra quem venha a receber a tal maleta. ou seja, em 100 balas não há bisca por justiça e sim por pura e simples vingança. acho que ai fica clara, a diferença gritante, de outras estorias do genero não?

você pode ficar com a maleta, pelo tempo que precisar, para concluir seu plano de vingança e pegar o safado que detonou sua vida. é claro que se as 100 balas acabarem, a coisas pode complicar, por que não há como pegar mais com o agente Graves, que após entregar a maleta some feito fumaça no ar.

alem de uma trama muito inteligente, a série 100 balas tem um clima de romance nyor, mas sem a figura do detetive de sobretudo, mas no tom sombrio na arte de Eduardo Risso. em alguns momentos lembra syn citi (frank miller) e também os filmes do Tarantino ,mas a trama é tão bem construida que a maior parte do tempo essas coincidências  passam despercebidas. ou seja algumas pessoas podem precisar de 100 balas para acertar o alvo.

mas, uma estória como essa só precisam de um tiro pra acertar na mosca. se você ainda não leu, leia!

assista nosso podcast


esquadrão suicida foi tão ruim assim



resenha                                                                                                          por: markos paullo

vamos fazer assim: eu sei que ultimo  a chegar bebe agua suja, mas quando o assunto é lançamento de cinema, eu prefiro deixar a poeira baixar e ai externar a minha humilde opinião, que pode não ser tão importante quanto a dos tomatos e omeletes da vida, mas vou dá-la  mesmo assim.

antes de assistir ao filme do esquadrão suicida, fiz um breve garimpo pela blogosfera nerd e pude constatar que no geral o filme dividiu as opiniões. ao mesmo tempo pude perceber um certo padrão nos tons das criticas de quem digamos "trabalha com quadrinhos" e costuma dizer que são apenas fãs e amantes da nona arte.

foi consenso entre os que se dizem "não críticos" que o filme não é bom, mas entre o publico a coisa ficou muito dividida teve gente que curtiu a bagaça e tiveram outros que embarcaram no coro dos que dizem não ser críticos e detonou o filme.

bom pra ser sincero eu estou no meio do caminho. confesso que esperava mais do esquadrão suicida principalmente, pelo que sugeriam os primeiros trailers, ou seja um filme que conseguiria ser violento, sombrio e divertido sem piadinhas a cada cinco segundos como tem sido praxe em outras produções do gênero.

para mim os pontos fracos do filme são o roteiro que não captou em nada, a essência do que vem a ser o esquadrão suicida, e o elenco que foi muito inchado e acabou colocando alguns personagens que nos quadrinhos são destaque nos quadrinhos como: capitão bumerangue e katana em condição de coadjuvantes.

confesso que como fãn, leitor e colecionador da DC comics; fiquei um pouco decepcionado com o resultado final do filme. esparava mais tanto da trama que é muito fraca e como da escolha dos personagens que fariam parte desta que seria primeira missão da força tarefa x.

acredito que uma formação com menos vilões seria o ideal, para que o filme ganhasse em dinâmica e talvez até reduzisse sua duração, por que vamos falar a verdade duas horas e vinte, em que a maior parte do tempo ficamos vendo os personagens andando pelas ruas da cidade e com closes desnecessários na bela Margot Robbie (arlequina) deixaram o filme longo e cansativo.

mesmo assim comparado a produções anteriores, esquadrão suicida foi bem superior e ja mostra uma evolução. e também ensina que as vezes é inteligente fazer mudanças como, as que foram feitas durante as filmagens e evitaram que no final o filme ficasse, com um tom sombrio igual ao homem de aço e batman versus superman.

por isso não vou embarcar nessa onde de ficar malhando os filmes da DC.

apesar do esquadrão suicida ter ficado abaixo do que se esperava, foi possível ver que a DC conseguiu sim, dar inicio ao seu universo entendido com muita inteligência. a inserção na medida certa de batman e flash são prova disso apesar de alguns "não críticos" acharem o contrario.

pra finalizar quero também lembrar, que um projeto como esse que a DC esta iniciando é muito complexo e demanda tempo, pra se achar uma formula.

a marvel tão exaltada por seu filmes alegrinhos e coloridos, só foi acertar o ponto da massa, depois de muitos e pode crer que são muitos erros, lançando vários filmes patéticos  que o esquadrão suicida e o malhado batman versus superman dão de dez a zero.

tanto é que quando me lembro de filmes como: hulk 1 e 2, justiceiro, elektra, demolidor, quarteto fantástico e o surfista prateado, homem aranha 1 e 3, o espetacular homem aranha 2, wolverine origens, x-men 3, x-men primeira classe, homem de ferro 3 e vingadores a era de ultron; acabo concluindo que o esquadrão suicida não foi tão ruim assim.

assista nosso podcast


segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O edifício: Uma estória sobre a vida e a morte de um edifício

Resenha                                                                                                         Por: markos paullo


Esta graphic novel de 1987, foi o primeiro trabalho de will eisner que li e mesmo depois de conhecer o resto da obra do pai da nona arte, posso afirmar que o edifício é a minha preferida e se tornou um dos meus romances de cabeceira.

O subtítulo é verdadeiro, mas não totalmente.

O edifício é uma estória sobre a vida e a morte, mas o velho prédio, é um personagem que contracena com os verdadeiros protagonistas, os quatro fantasmas parados em frente da fachada de moderno edifício que dá lugar ao antigo prédio localizado em uma esquina qualquer da nova york dos anos 1930.

Will Eisner desenha a “Morte” do edifício de forma gradativa, lenta e sempre como pano de fundo para as cenas, que com o casamento de texto e imagem mais dinâmicos do autor nos dá à impressão de ler duas estórias distintas, mas na verdade tanto o velho prédio como a transformação dos quatro personagens em fantasmas, são partes de uma mesma narrativa.

O edifício na verdade é uma grande metáfora. Já que fica clara a intenção do autor em usar a demolição do velho prédio de esquina como ilustração para uma coisa que nossos olhos jamais perceberão, ou seja, a passagem do tempo e a chegada inevitável da morte.

Lendo essa graphic novel é possível entender, por exemplo, onde Woody Allen aprendeu a produzir filmes que narram varias estórias tendo como pano de fundo uma localidade que tanto no caso de Will Eisner quanto no de Woody Allen, é a cidade de nova york.

Sem duvida um dos melhores romances do século vinte.

ASSISTA NOSSA VIDEO RESENHA.






Autor: Will Eisner
Texto e ilustração: will eisner
Formato: Historia em quadrinhos
Serie: Graphic Novel
Ano de lançamento: 1987
Lançamento no Brasil: 1988, editora abril.

onde comprar:
mercado livre

estante virtual

preço medio r$30,00

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Noites de Gotham



Titulo: noites de gotham
Ano de lançamento:1993
Texto: John Ostrander
Arte: Mary Mitchell
Editora: DC comics
Formato: historia em quadrinho


Talvez o momento mais envolvente na vasta galeria de estórias do homem morcego. Em noites de gotham conheceremos gotham city alem dos criminosos e vilões psicopatas, que são exaustivamente explorados por roteiristas nem sempre criativos.

Ao acompanhar quatros estórias paralelas, envolvendo personagens comuns em qualquer cidade do mundo, nos damos conta de que nada é mais heróico do que sobreviver aos desafios do dia a dia.

Como disse Charles Chaplin: “a vida assim como a morte, também é inevitável”, mesmo sem o podermos saltar de telhados e balançar peça cidade com uma corda, que só deus sabe onde esta amarrada.

Batman esta tentando solucionar o seqüestro de uma garotinha, perseguindo ferozmente o suposto seqüestrador, mas gotham continua vivendo, sem tomar conhecimento do que seria mais um dia comum na vida de bruce wayne.

Enquanto torcemos para ver mais um crime ser solucionado pelo morcegão, somos lançados para dentro das vidas de gente como a gente, que muitas vezes tem seus próprios vilões para combater.

O simpático casal de idosos Joel e Emma é o foco central do enredo, ambos estão doentes e Joel em estado terminal, conta com apenas seis meses no de vida, e esta preocupado com o destino de Emma, que não tem parentes vivos para cuidar dela quando Joel se for.

Temos também a solitária atendente da cafeteira do metrô, Rosemary Hayes obcecada por um sujeito que deve estar apaixonado por ela já que: “todo dia é a mesma coisa, um café e um saquinho de acocar pra viagem. mas ele só pede pra mim, porque pra mim?” palavras dela, que segue os dias sem nem ao menos saber o nome de seu “admirador secreto”.

Mas, no melhor estilo os lindos também sofrem, vemos a bela Jennifer que apesar de toda sua simpatia e ótimos atributos físicos, tende a não se dar bem em seus relacionamentos, talvez por ser digamos.... generosa demais em matéria de sexo.

E por fim Dionísio um ex-capanga do pinguim, que esta tentando se reabilitar, mas que como muitos dos que desfrutaram das facilidades que o mundo do crime traz não consegue viver longe dele. Nem mesmo para não destruir a própria família.

Agora o grande momento desta HQ fica por conta de Joel, que desesperado com a própria morte e com a possibilidade de Emma morre abandonada, decide seguir os passos de um casal de amigos que passando pelo mesmo problema cometeu suicídio, no melhor estilo Romeu e Julieta.

Daí em diante a leitura passa a ser torturante, já que nem o acesso de fúria de Rosemary que decide dar uma de atiradora de elite, matando pessoas com um rifle do alto de um prédio, consegue fazer parar de pensar no possível suicídio de Joel e Emma.

Vemos batman solucionar o caso de seqüestro, prender Rosemary no alto do edifício, Jennifer se dar mal em mais uma relação, e Dionísio ser baleado; mas, Joel e Emma ainda pairam em no ar como fantasmas em processo de fabricação.

Para quem já leu esta HQ e sabe como tudo acaba, tem em noites de gotham uma leitura obrigatória, sendo batmaniaco ou não. Mas, para os marinheiros de primeira viagem, ou os que insistem que quadrinho não é leitura, será uma prova do contrario pode ter certeza.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Nenhum de nós hoje e sempre



Hoje e sempre é o décimo primeiro trabalho de studio dos gaúchos do nenhum de nós, que ao contrario da maioria da geração "rock brasil" dos anos 80, ainda tem lenha pra queimar e não fica apenas requentando o café, oops, o chimarrão.

A prova disso é o mais recente álbum, que trás o rock grande do sul em sua melhor forma. Fugindo do rotulo de banda de uma musica só, o nenhum de nós brindou os amantes do bom e nada velho pop rock nacional, com um discaço no melhor sentido da palavra. 

São dez faixas, mas ao contrario do que dizem os "especialistas em musica", a audição não se torna cansativa, já que cada canção tem uma pegada rítmica e melódica diferentes entre si.

O que unidade ao disco como sempre é a qualidade das letras, marca registrada do grupo e que muitas vezes passa batido, já que Renato Russo e Cazuza ofuscaram muitos letristas de igual competência, mas sem o mesmo reconhecimento como é o caso de Teddy Correia cantor e principal letrista da banda, que na opinião deste que voz escreve, é o melhor cantor do rock nacional e um dos melhores da musica brasileira.

Mas, voltemos às letras de hoje e sempre. Os versos de abertura do álbum, já revelam qual o tema central nesse trabalho a realidade que muitos chamam de pessimismo, esta em todos os momentos do álbum, mas de cara ouvimos os versos: "pena que perdemos tempo a escutar, musica sem emoção, musica sem sentimento", o que nos faz pensar se ainda vale a pena gastar tempo escrevendo sobre musica, cinema e HQs, numa época em que ninguém mais lê e o tchu tchatcha domina as mentes da maioria.

Mas logo na seqüência, na mesma canção os versos "e de repente se você encontra alguem pra te mostar a beleza de tudo é um milagre", um fio de esperança faz com que agente se lembre de nem tudo anda perdido e que é possível ter esperança em dias melhores, mesmo que os dias de hoje não nos façam crer nisso.

Alem disso, é bom ouvir um trabalho musical focado na musica, sem frescura, rock cru e direto. Mesmo nas baladas, nos momentos românticos não dá pra não ficar tocado com a sinceridade musical de uma banda com trinta anos de carreira e consegue soar atual mesmo quando busca influencia nos anos 60 com pianos eletricos e órgãos harmonds utilizados pelos beatles a exaustão mas que nunca perdem o charme.

Quem é fã antigo do nenhum de nós como eu, fica procurando as formulas, que fizeram da banda o que ela é, e percebe que elas ainda estão lá, mas de forma mais econômica, como o acordeom (sanfona), que eles trouxeram para o rock ainda nos anos 90 e os tornou uma das poucas bandas nacionais, que pode ostentar o rotulo de rock nacional sem que isso soe piegas.

Em suma, é um dos poucos trabalhos recentes de um grande nome da musica brasileira, que vale a pena ser conferido, principalmente se você, não "perde tempo ouvindo musica sem emoção, musica sem sentimento" e anda meio desanimado com a musica feita no Brasil hoje e sempre é uma boa pedida pra desintoxicar os ouvidos.


Artista: Nenhum de Nós

Lançamento: 16 de junho de 2015

Gravadora: DeckDisc

Gravado na serra gaúcha no inverno de 2014, o novo álbum do Nenhum de Nós teve produção de JR Tostoi e mixagem de João Milliet.


Onde comprar

R$19,90 - ‎Disponível

Musicas:
01 – milagre
02- descompasso
03- foi amor – participação especial Roberta Campos
04- total antenção
05- perferita companhia
06 – se você ficar um pouco mais
07- caso raro
08 – colhendo tempestades
09- amanhã
10 – estrela do oriente